A modernização da agricultura
No séc. XIX os governos liberais quiseram fazer alguma coisa quanto ao atraso do país. Por isso eles tentaram desenvolver a agricultura.
Quanto a isso eles tomaram várias medidas:
- Tiraram as terras aos nobres e aos clérigos e venderam-nas a burgueses ricos, para que as aproveitassem melhor.
- Acabaram com o "direito do morgadio"- que permitia que o filho mais velho herdasse tudo quando o pai morresse.
- Dividiram os "TERRENOS INCULTOS".
Mesmo assim a agricultura só avançou com a aplicação de novas técnicas de cultivo. A utilização de sementes seleccionadas , o uso de adubos e a técnica de "alternância de culturas".
Ao mesmo tempo os proprietários mais ricos compraram novas máquinas agrícolas feitas em ferro;:charruas, ceifeiras, debulhadora ...
A maioria das máquinas era puxada por animais; no entanto, em 1860, em Évora já havia duas máquinas a vapor.
Assim ,a mecanização da agricultura era feita muito lentamente, principalmente nas grandes planícies como no Ribatejo e Alentejo.
Todas estas inovações no reino permitiram um melhor aproveitamento da agricultura do país, com maior produção e menor número de trabalhadores.
Também nessa altura dá-se a expansão do cultivo do arroz, no litoral, e da batata no norte. Na maior parte do país estes alimentos passaram a ser uma parte muito importante na alimentação do povo, o que fez com que as pessoas sobrevivessem melhor às epidemias.
Ao mesmo tempo o cultivo da fruta e do vinho também era feita em maior quantidade e destinavam-se à exportação.
O desenvolvimento da exploração mineira
Até ao séc. XIX a exploração mineira estava muito pouco desenvolvida. As minas praticamente não existiam em território português e as oficinas para fundir e moldar os minerais eram poucas. Por isso é que se importavam bastantes utensílios de cobre, vários objectos e ferramentas de ferro e muitas máquinas que eram necessárias à modernização do país.
Com isto tudo era necessário um melhor aproveitamento dos recursos mineiros. Com este objectivo, entre 1851 e 1890, os governos deram cerca de 600 licenças para a exploração de minas a empresas particulares, nacionais e estrangeiras.
Os minerais mais procurados na altura eram o cobre, o ferro e o carvão.
- Cobre- era utilizado nos mais variados utensílios.
- Ferro- era utilizado em estruturas e peças de máquinas.
Como havia muitas áreas que possivelmente teriam minas no sub-solo e que não eram habitadas, as pessoas começaram a formar povoações para que fosse possível contratar gente para trabalhar na mina, principalmente crianças porque cabiam melhor nos túneis.
Como já dissemos o carvão era, na época, a principal fonte de energia e por isso tornou-se um mineral muito importante e muito procurado.
- No uso doméstico- nos fogões e no aquecimento da casa.
- Na produção de gás- na iluminação das casas das principais cidades e vilas.
- Nas máquinas- para as fazer funcionar com o vapor.
- Nas fundições- para aquecer os altos fornos.
A modernização da indústria
A metalurgia e a metalomecânica consumiam muito carvão, muito ferro e muito cobre e apesar do desenvolvimento estar a correr bem a produção nacional não chegava.
No séc. XIX a indústria utilizava as máquinas para quase tudo.
A maioria era movida pela força da água, do vento, do Homem e pelos animais.
Com esta mecanização da industria o governo pretendia produzir mais e melhor.
Mas a revolução da indústria só se deu com a chegada das máquinas a vapor. A primeira máquina a vapor em Portugal para a indústria foi feita em 1835.
No desenvolvimento da industria utilizava-se a mais moderna maquinaria da época e às vezes até máquinas a vapor. Por isso produzia-se mais com menos pessoas e em menos tempo, logo custavam menos.
A indústria têxtil, a do tabaco, a do papel e a das conservas de peixe foram as que mais cedo se modernizaram. Estas indústrias já ocupavam grandes edifícios que se chamavam fábricas e as pessoas que lá trabalhavam chamavam-se operários e cada um tinha a sua tarefa.
A maioria dos trabalhadores eram mulheres e crianças que tinham de trabalhar muitas horas seguidas e sofriam frequentes acidentes.
A maioria dos trabalhadores eram mulheres e crianças que tinham de trabalhar muitas horas seguidas e sofriam frequentes acidentes.
Nos finais do séc. XIX as grandes áreas industriais eram a zonas do Porto, Braga e Guimarães e da grande Lisboa, do Barreiro e de Setúbal. No entanto, Portugal continuava muito atrasado relativamente aos países mais industrializados como a Alemanha e a Inglaterra.
Transportes e comunicações
No início do século XIX, as estradas existentes em Portugal eram de má qualidade e os transportes antiquados, e portanto as pessoas demoravam muito tempo a deslocarem-se de um lugar para outro. Foi a partir de 1850 que Fontes Pereira de Melo, ministro de D. Maria II, de D. Pedro V e de D. Luís I, impulsionou a modernização das vias de comunicação e dos meios de transporte. A maior parte das estradas foi feita com pequenas pedras e saibro.
Simultaneamente construíram-se linhas de caminho de ferro para a circulação do comboio considerado "uma das maravilhas do século". Assim, o comboio tornou-se no meio de transporte mais utilizado e as linhas férreas expandiram-se por todo o país, facilitando a circulação de pessoas e mercadorias. Viajar era agora mais barato, rápido e seguro, o que contribuiu para o desenvolvimento da agricultura, da indústria e do comércio.
Em 1887 deu-se início ao serviço internacional do "Sud-Express" que ligava Paris-Madrid-Lisboa com um comboio de luxo.
Portugal ficou assim mais perto do centro da Europa o que originou uma mais rápida divulgação de ideias, jornais e revistas.
Para a construção das linhas férreas e das estradas rasgaram-se muitos túneis e viadutos e construíram-se novas pontes quase todas em ferro.
Foram construídos faróis ao longo da costa para melhor orientação dos barcos e ,para poder receber os grandes navios, fez-se o porto artificial de Leixões e aumentou-se o de Lisboa.
Portugal ficou assim mais perto do centro da Europa o que originou uma mais rápida divulgação de ideias, jornais e revistas.
Para a construção das linhas férreas e das estradas rasgaram-se muitos túneis e viadutos e construíram-se novas pontes quase todas em ferro.
Foram construídos faróis ao longo da costa para melhor orientação dos barcos e ,para poder receber os grandes navios, fez-se o porto artificial de Leixões e aumentou-se o de Lisboa.
Foi já no final do século XIX, mais precisamente em 1895, que começaram a circular os primeiros carros em Portugal inicialmente movidos a petróleo. Este novo meio de transporte irá dominar as atenções no século XX.
As inovações nos meios de comunicação de ideias e informações
Ao longo do século XIX, os portugueses começaram a ganhar o gosto pela leitura dos jornais diários, tendo "O Século", "O Primeiro de Janeiro", "O Diário de Notícias" e o "Comércio do Porto " tiragens consideráveis.
Apareceram os marcos postais em 1853 após a primeira emissão do "selo postal adesivo". Em 1857 a agência "Havas" pôs em funcionamento o "Telégrafo eléctrico" com o qual se recebiam as notícias vindas de outros países. A rede telefónica de Lisboa foi inaugurada em 1882.
Recenseamentos, ensino e direitos humanos
Com o objectivo de lançar impostos ou recrutar militares foram feitas várias contagens da população nos séculos XIV , XV e XVI. Mas, nessas contagens só se contava o número de casas (numeramentos) e não de pessoas e por isso as contagens finais não eram certas.
O primeiro recenseamento(contagem do número de pessoas) da população Portuguesa só foi feito em 1864 durante os governos liberais, mais precisamente no reinado de D. Luis I , pelo Duque de Loulé. Nessa altura o país tinha perto de 4.000.000 de habitantes. A partir de 1890 os censos passaram a fazer-se de 10 em 10 anos e os governos Liberais passaram a ter registos mais seguros sobre a população , podendo assim programar melhor a sua governação.
A população cresceu na segunda metade do século XIX e concentrava-se à volta das cidades mais importantes como Porto e Lisboa , continuando o litoral norte a ser mais povoado do que o interior e o sul do país. Este aumento populacional foi proporcionado pela melhor alimentação, assistência médica (contrução de hospitais e uso de vacínas) e higíene (construção de esgotos e distribuição de água nas cidades).
O primeiro recenseamento(contagem do número de pessoas) da população Portuguesa só foi feito em 1864 durante os governos liberais, mais precisamente no reinado de D. Luis I , pelo Duque de Loulé. Nessa altura o país tinha perto de 4.000.000 de habitantes. A partir de 1890 os censos passaram a fazer-se de 10 em 10 anos e os governos Liberais passaram a ter registos mais seguros sobre a população , podendo assim programar melhor a sua governação.
A população cresceu na segunda metade do século XIX e concentrava-se à volta das cidades mais importantes como Porto e Lisboa , continuando o litoral norte a ser mais povoado do que o interior e o sul do país. Este aumento populacional foi proporcionado pela melhor alimentação, assistência médica (contrução de hospitais e uso de vacínas) e higíene (construção de esgotos e distribuição de água nas cidades).
Durante este período o governo fez as seguintes reformas no ensino:
- O ensino primário era obrigatório e gratuito, aumentando assim as escolas primárias (algumas das quais destinadas apenas ao sexo feminino).
- O ensino liceal alargou-se e criaram-se liceus em todas as cidades capitais de distrito.
- Foram formadas as primeiras escolas de ensino técnico(escolas comerciais, indústrias e agrícolas).
O número de escolas aumentou a partir 1865, sendo nessa altura o número de escolas baixo, cerca de 1800 e foi crescendo até que quase duplicou. Em 1880 já estava em 3000.
O que se pretendia com estas medidas era que os estudantes tivessem conhecimentos práticos e úteis para no futuro poderem ajudar a desenvolver o país.
Apesar destas medidas nos finais do século XIX grande parte da população ainda era analfabeta. e só algumas pessoas tinham acesso à universidade.
O governo Português, de acordo com os princípios liberais da defesa dos direitos humanos, publicou leis para acabar com situações degradantes e desumanas, como por exemplo a abolição da pena de morte e da escravatura.
A moda acompanha o vestuário e o tempo, que integra o simples uso das roupas no dia-a-dia a um contexto maior, político, social, sociológico.
O vestuário de um camponês e de um nobre é muito diferente.
O vestuário também tem em conta o lugar social que uma pessoa tem, principalmente naquela época.
Desde 1815 os cabelos usaram-se sempre compridos, mas na forma de canudos, de tranças apanhadas, de bandós, de carrapitos no alto da cabeça, etc. Por cima punha-se um chapéu, de que houve variados modelos. Os da «Belle Époque» começaram por ser minúsculos, aumentando depois de tamanho e adornando-se com toda a espécie de enfeites. O estilo «Romântico» foi ainda caracterizado por os seus famosos xailes de caxemira, que as senhoras da alta sociedade traziam por cima do vestido, em posições várias.
RESUMINDO ...o início do séc. XIX.
De 1820 a 1851
• A Regeneração procurou recuperar o país do seu atraso económico e tecnológico.
A VIDA QUOTIDIANA
As alterações na sociedade
Após a revolução de 1820 iniciou-se uma "nova organização social" que consistia:
Nobres-Perderam muitas das suas antigas regalias, mas mesmo assim possuíam muitas terras,;mas o que levou à diminuição do rendimento foi o não poderem usufruir do trabalho de graça dos camponeses e o terem de pagar impostos.
Clérigos-As suas terras passaram a ficar na posse do governo, também perderam regalias e as suas ordens religiosas deixaram de existir.
Burgueses-.Esta classe social foi uma das que mais se desenvolveu, pois no século XIX já era a classe mais privilegiada do reino, tinha aumentado as suas riquezas (com o comércio, a indústria e a actividade bancária) e passou a desempenhar cargos importantes na sociedade e governo.
Povo-O Povo Português continuava a ser mal pago e ficava sempre com os trabalhos duros, mas houve melhorias. Estes tinham, agora os mesmos direitos perante a lei.
O Dia-a-dia do camponês
A Vida Quotidiana das pessoas que trabalhavam as terras era muito dura e difícil, e os camponeses continuavam a viver mal. Até os rendeiros, depois de pagarem a renda ficavam com muito pouco para se alimentarem e vestirem. A criação de gado e o cultivo dos campos eram as principais actividades do dia-a-dia.
Os camponeses viviam em casas pequenas e a sua alimentação era pouco variada( baseava-se em pão de milho ou centeio, a sopa e o vinho, incluindo por vezes batatas, azeitonas, sardinha salgada ou gordura de porco).
Vestiam-se consoante o clima e o trabalho praticado.
Os seus divertimentos passavam por ir às festas da igreja, assistir a corridas de touros, ir à feira e a desfolhada.
Vestiam-se consoante o clima e o trabalho praticado.
Os seus divertimentos passavam por ir às festas da igreja, assistir a corridas de touros, ir à feira e a desfolhada.
A fuga do campo
O êxodo rural foi originado pela vida de miséria e dependência dos donos das terras que os camponeses levavam. Ao fugirem das suas aldeias e na esperança de melhorarem as suas condições de vida, muitos camponeses instalaram-se nas cidades, sobretudo Lisboa e Porto; outros emigraram principalmente para o Brasil. Alguns destes conseguiram regressar com grandes fortunas, vestindo luxuosamente e construindo casas magnificas, tornando-se pessoas influentes nas suas terras.
A vida quotidiana nas grandes cidades
O crescimento das cidades foi originado pelo aumento da população, pela criação de muitas indústrias e pela evolução do meios de transporte e comunicação. Em Lisboa e Porto abriram-se avenidas, pavimentaram-se estradas, fizeram-se passeios e jardins e construíram-se edifícios públicos. Foram criados alguns importantes serviços públicos:
- Recolha de lixo
- Instalação de redes de esgotos e água canalizada
- Iluminação pública (a gás inicialmente e no final do século a electricidade)
- Corporação de bombeiros
- Policiamento das ruas
- Transportes públicos colectivos, o "Americano" e o " Chora" (carros puxados por cavalos).
Com estes serviços a vida na cidade tornou-se mais cómoda, segura e saudável.
O dia-a dia da população da cidade
A burguesia era o grupo social mais importante do século XIX. Estes destacavam-se pelas regalias, cargos e profissões (industriais,banqueiros, comerciantes, militares, entre outras). Aos burgueses ricos foram-lhes concedidos os ditos títulos de nobreza: conde, visconde e barão. Com isto formou-se a crítica popular, pois os burgueses começaram a ficar com a dita "mania dos títulos".
Com o passar do tempo os burgueses perderam o interesse em títulos e divulgaram que a regalia mais importante que se podia ter eram o conhecimento e a inteligência, não os seus privilégios.
A alta burguesia morava em deslumbrantes casas com jardins memoráveis; os burgueses de classe média moravam em andares onde viviam acima da média.
A burguesia e a nobreza alimentavam-se de forma variada e abundante, estes já tinham quatro refeições por dia e das suas comidas destacavam-se os doces e a carne. Eram os maiores consumidores de café, chá, refrescos e gelados.
O vestuário dos nobres e dos burgueses era de acordo com a moda de França.
Havia vários armazéns em Lisboa (Chiado, Grandela e Casa Africana)e no Porto, onde armazenavam peças de roupa vindas de França; mesmo nas horas de lazer a burguesia tinha uma maneira de preparar a "toilette". Os seus divertimentos eram os bailes, passeios, óperas, teatros e cafés.
No Verão as famílias burguesas faziam piqueniques, andavam de bicicleta ou iam às termas.
Foram os filhos dos burgueses que trouxeram o futebol da Inglaterra e o introduziram em Portugal; apesar disto a esgrima e a equitação foram os desportos mais praticados.
As condições do povo eram más, mas o crescimento e o desenvolvimento das cidades ajudou na formação de novas profissões (empregados, canalizadores, carteiros, etc.).
O povo habitava em bairros muito pobres e sem condições algumas de higiene. As casas eram muito apertadas e estavam quase a cair, não tinham esgotos nem água potável e a mobília quase não existia. Estes bairros eram chamados os "pátios" de Lisboa e as "ilhas" do Porto.
A alimentação do povo era muito limitada. Comiam pão, batata, toucinho e uma vez ou outra comiam peixe. Alguns chegavam a passar fome. Nas ruas era frequente encontrar-se pedintes, principalmente os mais necessitados (crianças e velhos).
O povo não tinha nem dinheiro nem tempo para se adaptar à moda e, por isso, os populares tinham muito pouca roupa que era simples e muitas vezes adaptada ao trabalho.
Também não tinham tempo para diversões porque trabalhavam de sol-a-sol. Depois de um dia de trabalho as mulheres tratavam dos filhos e da casa enquanto os homens iam a uma taberna ter com os amigos. Mesmo assim os principais lugares de convívio eram a feira, festas religiosas e a rua.
Os operários das fábricas de Lisboa e do Porto estavam revoltados porque a sua vida nas fábricas era muito exigente. Trabalhavam num horário muito longo e recebiam muito pouco que era quase tudo gasto na alimentação e na renda da casa, e o salário das mulheres era menos que metade dos homens.
Na segunda metade do séc. XIX estes operários, com a sua maneira de pensar e hábitos já tinham construído um novo grupo social- o operariado. Foram eles que organizaram as primeiras associações e as primeiras greves. Os operários faziam greve contra os baixos salários e contra as condições de trabalho.
Com estes movimentos o povo começou a perceber que podia lutar pelos seus direitos.
Com o passar do tempo os burgueses perderam o interesse em títulos e divulgaram que a regalia mais importante que se podia ter eram o conhecimento e a inteligência, não os seus privilégios.
A alta burguesia morava em deslumbrantes casas com jardins memoráveis; os burgueses de classe média moravam em andares onde viviam acima da média.
A burguesia e a nobreza alimentavam-se de forma variada e abundante, estes já tinham quatro refeições por dia e das suas comidas destacavam-se os doces e a carne. Eram os maiores consumidores de café, chá, refrescos e gelados.
O vestuário dos nobres e dos burgueses era de acordo com a moda de França.
Havia vários armazéns em Lisboa (Chiado, Grandela e Casa Africana)e no Porto, onde armazenavam peças de roupa vindas de França; mesmo nas horas de lazer a burguesia tinha uma maneira de preparar a "toilette". Os seus divertimentos eram os bailes, passeios, óperas, teatros e cafés.
No Verão as famílias burguesas faziam piqueniques, andavam de bicicleta ou iam às termas.
Foram os filhos dos burgueses que trouxeram o futebol da Inglaterra e o introduziram em Portugal; apesar disto a esgrima e a equitação foram os desportos mais praticados.
As condições do povo eram más, mas o crescimento e o desenvolvimento das cidades ajudou na formação de novas profissões (empregados, canalizadores, carteiros, etc.).
O povo habitava em bairros muito pobres e sem condições algumas de higiene. As casas eram muito apertadas e estavam quase a cair, não tinham esgotos nem água potável e a mobília quase não existia. Estes bairros eram chamados os "pátios" de Lisboa e as "ilhas" do Porto.
A alimentação do povo era muito limitada. Comiam pão, batata, toucinho e uma vez ou outra comiam peixe. Alguns chegavam a passar fome. Nas ruas era frequente encontrar-se pedintes, principalmente os mais necessitados (crianças e velhos).
O povo não tinha nem dinheiro nem tempo para se adaptar à moda e, por isso, os populares tinham muito pouca roupa que era simples e muitas vezes adaptada ao trabalho.
Também não tinham tempo para diversões porque trabalhavam de sol-a-sol. Depois de um dia de trabalho as mulheres tratavam dos filhos e da casa enquanto os homens iam a uma taberna ter com os amigos. Mesmo assim os principais lugares de convívio eram a feira, festas religiosas e a rua.
O operariado
Os operários das fábricas de Lisboa e do Porto estavam revoltados porque a sua vida nas fábricas era muito exigente. Trabalhavam num horário muito longo e recebiam muito pouco que era quase tudo gasto na alimentação e na renda da casa, e o salário das mulheres era menos que metade dos homens.
Na segunda metade do séc. XIX estes operários, com a sua maneira de pensar e hábitos já tinham construído um novo grupo social- o operariado. Foram eles que organizaram as primeiras associações e as primeiras greves. Os operários faziam greve contra os baixos salários e contra as condições de trabalho.
Com estes movimentos o povo começou a perceber que podia lutar pelos seus direitos.
A MODA NO SÉC. XIX
A moda acompanha o vestuário e o tempo, que integra o simples uso das roupas no dia-a-dia a um contexto maior, político, social, sociológico.
O vestuário de um camponês e de um nobre é muito diferente.
O vestuário também tem em conta o lugar social que uma pessoa tem, principalmente naquela época.
O vestuário do século XIX foi influenciado pela revolução industrial e pelo triunfo da burguesia. Surgiram novos tipos de tecidos e novas possibilidades de os colorir, desenhar, armar, segurar e coser. A moda alargou-se da nobreza à burguesia e, em certos casos, até ao povo, passando a ser definida por grandes costureiros e modistas. A França manteve a tradição da pátria da moda, embora a Inglaterra também desempenhasse um papel de relevo, sobretudo no vestuário masculino.
A moda estava dividida em quatro períodos: Império, Romântico, Vitoriano e La Belle Époque. A palavra de ordem era o conforto, com roupas práticas e confortáveis.
O uso de decotes profundos deixava o colo, ombros e parte do braço amostra.
Já no último período, La Belle Époque, o corpo feminino nunca esteve tão envolto em tecidos, cobrindo-lhe praticamente todas as partes. O espartilho mais do que nunca se fez notar pela silhueta aparente do corpo. Na cabeça o uso de chapéus e alfinetes enfeitados com flores compunha enormes coques. O uso de botas era fundamental, pois mostrar as canelas mesmo com meias era proibido.
Usaram-se sempre saias compridas, até ao chão, deixando-se por vezes ver o pé. A cintura usou-se alta, pouco abaixo dos seios, durante o estilo «Império», descendo depois para o seu lugar natural. Quanto à saia, foram-se alargando os seus volumes e roda, chegando a usar-se, por baixo do vestido, uma armação de lâminas de aço e barbatanas _ a chamada crinolina _ ou ainda quatro saias interiores de tecidos duros para permitir um máximo de volume. Esta moda atingiu o auge entre 1845 e 1866. Depois, abandonou-se a crinolina mas passou a usar-se por baixo do vestido, sobre os rins, uma espécie de almofada _ a tournure _ que levantava a saia atrás. A partir da década de 1890 a saia simplificou-se, mas surgiram grandes mangas de balão.
A moda estava dividida em quatro períodos: Império, Romântico, Vitoriano e La Belle Époque. A palavra de ordem era o conforto, com roupas práticas e confortáveis.
O uso de decotes profundos deixava o colo, ombros e parte do braço amostra.
Já no último período, La Belle Époque, o corpo feminino nunca esteve tão envolto em tecidos, cobrindo-lhe praticamente todas as partes. O espartilho mais do que nunca se fez notar pela silhueta aparente do corpo. Na cabeça o uso de chapéus e alfinetes enfeitados com flores compunha enormes coques. O uso de botas era fundamental, pois mostrar as canelas mesmo com meias era proibido.
Usaram-se sempre saias compridas, até ao chão, deixando-se por vezes ver o pé. A cintura usou-se alta, pouco abaixo dos seios, durante o estilo «Império», descendo depois para o seu lugar natural. Quanto à saia, foram-se alargando os seus volumes e roda, chegando a usar-se, por baixo do vestido, uma armação de lâminas de aço e barbatanas _ a chamada crinolina _ ou ainda quatro saias interiores de tecidos duros para permitir um máximo de volume. Esta moda atingiu o auge entre 1845 e 1866. Depois, abandonou-se a crinolina mas passou a usar-se por baixo do vestido, sobre os rins, uma espécie de almofada _ a tournure _ que levantava a saia atrás. A partir da década de 1890 a saia simplificou-se, mas surgiram grandes mangas de balão.
Desde 1815 os cabelos usaram-se sempre compridos, mas na forma de canudos, de tranças apanhadas, de bandós, de carrapitos no alto da cabeça, etc. Por cima punha-se um chapéu, de que houve variados modelos. Os da «Belle Époque» começaram por ser minúsculos, aumentando depois de tamanho e adornando-se com toda a espécie de enfeites. O estilo «Romântico» foi ainda caracterizado por os seus famosos xailes de caxemira, que as senhoras da alta sociedade traziam por cima do vestido, em posições várias.
A moda feminina estava em constante mudança, sendo publicados em todos os países jornais de modas que ensinavam as damas elegantes a vestir-se segundo os últimos modelos de Paris.
O traje masculino mostrou-se menos dado a modas e a variações. A generalização do trabalho a todas as classes e o conceito de homem másculo, pouco interessado em «trapos», impuseram-se pouco a pouco.Mas também o seu vestuário sofreu algumas evoluções.
Três das peças principais do traje masculino foram a casaca, o colete e as calças. Mas a casaca saiu gradualmente do uso quotidiano para se transformar em traje de cerimónia. Em sua substituição surgiram a sobrecasaca, que descia abaixo dos joelhos e o casaco, à maneira de hoje, aparecido no começo da «Belle Époque». As calças, que muitos ainda usavam de tipo calção durante o estilo «Império», eram compridas, surgindo o respectivo vinco só no final do século.
DIFERENÇAS DA ROUPA:
POVO-Usava roupas muito apropriadas à sua profissão e estava sempre muito suja.
BURGUESIA/ NOBREZA-Tinha as roupas mais chiques que havia e seguia sempre a moda.
DIFERENÇAS DA ROUPA:
POVO-Usava roupas muito apropriadas à sua profissão e estava sempre muito suja.
BURGUESIA/ NOBREZA-Tinha as roupas mais chiques que havia e seguia sempre a moda.
RESUMINDO ...o início do séc. XIX.
• Após 1806
• Ruína do sector industrial e grave crise comercial devido a:
a) Invasões francesas;
b) Ida da corte para o Brasil;
c) Perda do exclusivo do comércio com o Brasil;
d) Crescente influência da economia inglesa sobre os mercados portugueses. .
De 1820 a 1851
1ª tentativa de industrialização
a) Desenvolvimento agrícola.
c) Criação do aparelho bancário e financeiro para suporte.
d) Criação de infra-estruturas para transporte e comunicação...• Indústria portuguesa:
Resultados desta primeira tentativa de industrialização
• A política de industrialização não alcançou os resultados que se pretendiam:
1. A modernização foi modesta.
2. O ritmo da produção era lento.
3. A qualidade dos produtos não apresentava melhorias significativas.
4. Faltaram instituições de crédito fortes.
5. Faltou uma mão-de-obra qualificada.
De 1851 a 1890
Regeneração e arranque industrial:
a) O fomento económico do país.
b) A construção de meios de comunicação.
c) A construção de meios de transporte.
• Essa recuperação deveria ser feita através da intervenção sistemática e organizada do Estado em diferentes sectores:
a) Reformas do ensino.
b) Reformas da administração.
c) Fomento industrial.
d) Construção de novas vias de comunicação